Palavras Chave: testemunhas, fé, fraqueza, resistência, repreensão, aguentar, correção, disciplina, amargura, limpeza, filho, reino.
Com uma vida cristã autentica, ou seja, um verdadeiro discípulo de Jesus não tem promessa de viver somente com bênçãos, uma vida regrada de gentilezas do Senhor, onde sera poupado de situações ruins como desemprego, tragédias, infortúnios na família, perseguição e tribulações adversas. Ao contrario, o Mestre afirmou que no mundo haveria de sofrer aflições (Joao 16:33). Como testemunha do Senhor, mesmo nas situações somos admoestados a ter ânimo, força para continuar no trajeto para a herança prometida aos santos.
O autor da carta aos Hebreus afirma que o Cristão é um rodeado por não pequena quantidade de testemunhas, e então, há uma necessidade de abandonar, desgarrar das praticas imorais e pecaminosas que contrariam os ensinamentos de Jesus e “assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”(Mateus 5:16).
Aquele que resolve entrar no mundo Cristão, e de coração decide conhecer a vontade de Jesus, e militar a sua carreira, não deve se sentir desprezado, humilhado ou desmaiar (vers.5) ao ser repreendido na sua palavra, mas se alegrar porque isso é sinal do seu grande amor pelo discípulo, visto que o Senhor corrige o que ama (vers.6; Pv. 3:12) e açoita o que recebe por filho. Assim, como filho, nascido do alto ou de novo (Joao 3:3), o ser humano regenerado digno do amor de seu Pai celestial, recebe a correção, a disciplina, o açoite, a situação que é proporcionada, para trazer experiência, sabedoria, encaminhamento, direção, salvação para a vida do então filho. Se o discípulo não aceita ser corrigido, logo não é filho, diz a palavra, mas bastardo. Bastardo é um filho ilegítimo, não reconhecido, que não herda ou ter direito nas herdades do pai, sem participação legal em nada. Assim, que a correção seja recebida pelo então filho, não com tristeza, mas com proveito, carinho e atenção de um pai amoroso e dedicado.
Vemos também uma exortação sobre a raiz de amargura. “Quem odeia é escravo do seu ódio, e por isso, muitos de meus inimigos são meus escravos", afirmou um falecido político. Essa raiz de amargura, a qual o autor bíblico cita, deve ser sufocado antes de brotar, para que não venha a prosperar crescendo ou brotando, adoecendo o coração do homem, e o impedindo na sua comunhão com Deus, interrompendo a santificação.
No ponto do versículo 16 é citado o exemplo de Esau, que negociou o inegociável, colocando preço no que tinha valor, sendo designado como devasso e profano, e não achando ocasião de arrependimento, mas somente colhendo a consequência. Preço geralmente aplicado a objetos, a itens descartáveis e substituíveis, não é o mesmo que Valor, que é aplicado ao que não pode ser designado preço, insubstituível, necessário, indispensável para o indivíduo.
Ressaltando o privilégio do discípulo, o autor cita o exemplo de Moisés, que assombrado viu o monte fumegar e tremer, mas, mais excelente privilegio o cristão tem, pois chegando esta na Jerusalém celestial, com seu nome inscrito no céu, e uma aliança com Jesus pelo seu sangue, muito mais aprazível que o de Abel, o justo.
Rejeitar o favor de Deus, é ser consumido por sua ira vindoura, sendo rebelde e perdendo a comunhão e o seu amor. Proveito tiremos dessa epistola, e abracemos o sumo sacerdote, que nos fez participantes do seu reino (vers.28), nos dando novo nascimento, novo propósito, novos valores e um chamado para ser testemunhas e arautos do seu evangelho.